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Preservar o meio ambiente, prioridade negligenciada

Na semana anterior tivemos uma série de eventos, publicações e manifestações a respeito do meio ambiente. Dia 5 de junho é, anualmente, o Dia Mundial do Meio Ambiente, data escolhida e proclamada pela Assembleia Geral da ONU em 1972. Ela se reporta a uma primeira conferência mundial sobre ambiente, realizada em Estocolmo. A cada ano, as Nações Unidas indicam um tema para ser priorizado, a poluição do ar foi o de 2019.

A questão ambiental como um todo vive momentos tensos no Brasil. Há reações fortes em diversos setores. A cidadania tem dificuldades em priorizá-la diante de tantos outros desafios. Assiste-se evidente recuo em normas, condutas, arcabouço institucional, funcionamento dos organismos e programas governamentais da área.

Todos têm na ponta da língua um enfático discurso a favor do "desenvolvimento sustentável", mas cada um o conceitua na prática como licença para fazer o que quer e dar prioridade aos seus interesses. Vale para o cidadão, o empresário, o agropecuarista, a autoridade.

Na realidade do dia a dia, continua um acentuado desmatamento especialmente na Amazônia, aumentam o uso e a variedade de agrotóxicos nas lavouras, nossos rios, lagos e aquíferos transformados pela população em latrinas e lixeiras, várias espécies animais e vegetais em acelerado processo de extinção, os oceanos com gigantescas ilhas de plástico e outros materiais descartados pelos humanos e o ar urbano cada vez mais poluído por gases venenosos.

Diante dessa realidade visível e palpável ainda há espaço para debates eivados de conotação meramente ideológica e passional. Existem os que acreditem que a solução será voltar a comportamentos de priscas eras, talvez do tempo em que o homem habitou cavernas. E há os que sustentem com veemência a defesa do progresso a qualquer custo, da mais valia prevalecendo sobre preocupações sociais e ambientais, das chaminés, dos escapamentos de carros e dos defensivos agrícolas vitimando os que deles usufruem para renda e os que são obrigados a se transformarem em seus usuários passivos.Não conseguimos atingir níveis razoáveis de saneamento básico neste gigantesco país.

Não somos capazes de conter o ritmo do desmatamento na Amazônia, tão fundamental para o clima por aqui e alhures e para o equilíbrio da composição da atmosfera, além de sua riqueza em mananciais, variedades animais ou vegetais e na genética. Temos falhado diante da necessidade de controlar a poluição do ar nos centros urbanos, sequer alcançamos bom percentual de medição a respeito.

O Dia Mundial do Meio Ambiente passou. A semana de conscientização terminou. Que nos reste a convicção de que depende de cada um. Não há governo ou política pública capaz de resolver o dilema das lesões ao meio ambiente. Iniciativas governamentais e institucionais são, sim, muito importantes. Todavia, a grande solução virá quando cada cidadão for consciente e agir para a preservação e a recuperação ambiental na sua conduta cotidiana. E esta postura predominar na coletividade.

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